O mercado tem “arrastado” para o mundo da sustentabilidade ambiental muitas empresas que não eram tão convencidas a entrar nele. Por isso temos tantos produtos falsos em respeito ao ambiente e ainda muito de “lavagem verde”.

A coisa mais simples a fazer é tornar o processo de fabricação “verde” ou um aspecto do produto, escondendo ou aderindo aos impactos ambientais negativos em outras fases da fabricação ou da eliminação, ou em outros aspectos menos visíveis do produto.

Por esta razão, as empresas sérias realizam um LCA, ou seja, Life Cycle Assessment (análise do ciclo de vida) em seus produtos ou fileiras, seja para conseguir uma certificação EPD ou de outro tipo, seja simplesmente para saber como melhorar. Nós pedimos para explicar como fazer uma LCA, também fazendo exemplos concretos, ao professor Giuseppe Vignali do Departamento de Engenharia Industrial da Universidade de Parma.

A Nova Somor retoma o percurso iniciado em 1948 e interrompido em 1964 pela empresa Somor de Lecco.
Começamos estudando seus motores para chegar à nossa Bomba solar NS1.

No início de novembro, entre 5 e 8 do mês, será realizada em Rimini a Ecomondo, a terceira maior feira da Europa sobre questões ambientais. Pensamos que a Nova Somor não poderia perder esse evento. Estaremos no pavilhão “Cidade Sustentável”, localizado perto da entrada leste da Feira de Rimini. Mesmo sendo um espaço coberto e, obviamente não haverá sol, desenvolvemos um dispositivo com ar comprimido para permitir que os visitantes vejam nossa Bomba Solar NS1 em funcionamento.

Nova SOMOR nasceu apenas três meses e meio atrás, e em termos de promoção do produto, além de algumas aparições em vários eventos, tem focado seus esforços quase exclusivamente na Internet. A presença na Ecomondo é uma espécie de estreia nos mercados, em um espaço concreto onde você pode ver a Bomba Solar NS1 em operação, e em que é nos dá a possibilidade de interagir com as pessoas ao vivo. Daniele Gasperini, junto com seu parceiro Andri, apresentou a sua Elio Dinamic na feira de Trípoli, na Líbia, em 1936 e de acordo com as notícias foi muito bem sucedida. Temos condições muito melhores que a deles: naquela época a exploração da energia solar era considerada quase feitiçaria, não havia consciência com relação aos impactos ambientais e se pensava somente ao fato de que o motor solar fosse perfeitamente alinhado com a “mística da autarquia”.

Nova Somor, em vez disso, tem pela frente cenários muito melhores e esperamos que a nossa presença na Ecomondo provoque o interesse dos visitantes e da mídia, e nos dê a satisfação que o produto certamente merece. Além disso, no início de novembro, pouco antes do início da feira, será aberta a coleta para um crowdfunding de capital organizado pela Starsup, que permitirá que muitos, se assim o desejarem, possam participar e investir nesse projeto extraordinário.

Em 12 de outubro, graças à hospitalidade do nosso parceiro Claudio Giannone, nossa bomba solar foi exibida no box de corrida da equipe Vacca Gare Racing Team, em ocasião do Classic Weekend Misano, um fim de semana sob o signo das motocicletas antigas. As centenas de pessoas que passavam solicitaram informações, fotografaram o protótipo, levaram folhetos e fizeram comentários positivos, tanto sobre a Bomba Solar NS1 quanto sobre o projeto Nova Somor em geral. O box próximo ao da Gare Vacca estava ocupado por uma grande equipe financiada por um banco angolano, os mecânicos e motoristas, pessoas que vivem ou que passaram muitos anos na África, pegaram muitas informações sobre o funcionamento da bomba solar e deram também muitas dicas para torná-la “tropical”. Eles disseram, por exemplo, que as belas rodas de bicicleta devem ser substituídas por algo mais rústico, porque senão serão roubadas logo! Que tudo deve ser reforçado, e muitas outras coisas.

Nós pegamos um monte de contatos e distribuímos dezenas de cartões de visita, e estamos satisfeitos com o tempo investido em Misano. Tivemos também uma série de “sugestões interessantes” dos mecânicos da equipe próxima de nossa localização, com uma série de piadas e comentários coloridos: “O que é isso, um forno para pré-aquecer os pilotos?” “Vão assar um porquinho pra nós naquele forno lá?” “Mas olha lá que caretinha mais linda! Castanhas? Crepe? Vegetais gratinados??” “Mas que robô comprido! O que é isso, um caixão para um Watusi?”. Agradecemos mais uma vez Claudio Giannone pela oportunidade que ele nos deu e por nos permitir mergulhar no mundo dos fãs de motos antigas.

Nova Somor se encaixa completamente naquilo que é chamado de “jugaad innovation”, ou “inovação frugal”. Depois de seis anos do início da crise financeira internacional, a percepção de escassez é um tema objetivo que obriga a assumir medidas organizacionais drásticas. As mais recentes pesquisas no campo neurocientífico e comportamental mostram como a percepção da escassez leva a um excesso de atenção àquilo que se quer alcançar, isto é, “o fim do túnel”. Colocar sua atenção na saída do túnel significa se concentrar naquilo que falta e ficar indiferente ao que você realmente tem. Isso compromete o desempenho individual e coletivo.

O substantivo indiano “Jugaad” indica uma competência organizacional fundamental neste momento histórico: a arte de fazer sem, aproveitando as melhores oportunidades profissionais, próprio quando se vive uma dificuldade real. A abordagem da Jugaad Innovation é baseada em três princípios: saber olhar com maior consciência, saber se adaptar às condições do contexto, saber conviver com a complexidade, raciocinando com uma abordagem sistêmica.

Finalmente, a Bomba Solar NS1, o primeiro produto da NOVA SOMOR Srl, fez sua estreia na sociedade como uma moça de boa família! Em 10 de outubro do ano passado foi realizada em Brescia, no Museu da Indústria e do Trabalho de Rodengo Saiano, uma grande conferência: “História e atualidades sobre a energia solar termodinâmica e a contribuição italiana”, organizada pela GSES (Grupo pela História da Energia Solar). O evento começou na parte da manhã às 10h30 e terminou no final da tarde às 18h30. Durante todo o tempo a nossa bomba solar permaneceu em exposição na entrada do museu, ao lado dos restos da bomba SOMOR dos anos 50. Alguns estudante do ensino médio e todos os participantes da conferência puderam apreciar a evolução da tecnologia específica e se surpreender com a nossa NS1, que teve realmente um grande sucesso.

O local era muito bonito e o presidente do GSES, Engenheiro Cesare Silvi, organizou uma conferência com um programa rico e interessante, com palestrantes de grande qualidade e competência. A grande mesa em forma de ferradura e as poltronas dos participantes foram colocadas no centro do museu, entre as enormes prateleiras cheias de máquinas e de artefatos de todos os tipos e de diferentes períodos. A manhã foi dedicada a relatórios sobre a história da energia solar termodinâmica na Itália e outros países, sobre o que se fará no próximo ano por ocasião de “The year of the light” (O ano da luz e das tecnologias relacionadas) e sobre as atividades que o GSES realizou nos 10 anos de existência.

A primeira tarde foi dedicada à energia solar termodinâmica de baixa temperatura. Após a fala do Professor Marino Ruzzenenti, que recordou o período mais antigo da tecnologia, entre 1920 e 1940, teve a participação de três palestrantes da Universidade de Brescia, que falaram sobre seus trabalhos de desmontagem, a análise e a modelagem em 3D do motor solar e da bomba SOMOR dos anos 50 mantidos no Musil. Depois pudemos ouvir os depoimentos emocionantes de Gildo Gasperini, filho de Daniel Gasperini, inventor da SOMOR e de Angelino Olmeo, filho de um fazendeiro de Sassari que em 1956 permitiu instalar a bomba solar em um poço de suas terras. Na época, foi o próprio Gildo quem instalou aquela bomba solar específica, junto com Angelino, que tinha apenas 12 anos de idade e era quem cuidava do poço. Depois das palestras de caráter histórico, eu e Roberto Belardinelli falamos sobre assuntos atuais e futuros com o nosso relatório intitulado: “Da SOMOR à Nova Somor Srl: uma história italiana que recomeça seu percurso”.

A parte final da conferência foi dedicada à energia solar termodinâmica de temperaturas médias e altas, com discussões altamente qualificadas sobre a vanguarda das tecnologias para as caldeiras de sistemas de torre ou pontuais, para os sistemas Fresnel e para os sais fundidos nos sistemas que utilizam tubos colocados nos pontos focais de espelhos côncavos. Interessante também a intervenção de Francesco Flora da ENEA, sobre os relógios de sol e sobre as novíssimas bússolas solares, essenciais para o posicionamento preciso dos espelhos nos sistemas solares termodinâmicos de alta temperatura.

No encerramento do evento foi mostrada uma mensagem de vídeo do fotógrafo e artista Jamey Stillings, o que nos fez refletir sobre o fato de que mesmo nas tecnologias de energia renovável tem sempre um impacto ambiental. Ao contrário de outros tipos de centrais energéticas que são mais “discretas” e, portanto, longe de nossa percepção, as centrais energéticas como a do filme têm a vantagem de ser muito mais visível aos nossos olhos. Isso aumenta a percepção de como é difícil produzir eletricidade e de como não deve ser nunca desperdiçada. O filme nos mostrou como a construção da central solar por concentração de Ivanpah, a maior do mundo, mudou profundamente uma área fascinante do deserto de Mojave, na Califórnia. Além da prerrogativa de economizar eletricidade, os sistemas termodinâmicos de baixa temperatura da NOVA SOMOR são inspirados na microprodução difusa de energia, com um impacto ambiental imensamente reduzido, comparado ao de grandes usinas.

A estreia da NOVA SOMOR e de seu protótipo NS1 não poderia ter acontecido em lugar e condições melhores. A escolha do presidente Cesare Silvi de organizar algo mais parecido com uma mesa redonda do que com uma clássica conferência de massa, nos permitiu ter uma concentração muito elevada de pessoas competentes nos temas do encontro e a todos os presentes de conhecer e discutir sobre questões de interesse comum. O fato de ter sido próprio no museu onde a antiga bomba solar SOMOR dos anos 50 está guardada foi mais um bônus, tanto no plano cultural e quanto emocional.

PARA UM MAIOR APROFUNDAMENTO, CONTATE-NOS

Enquanto a Ferrari desembolsa 27 milhões de euros na indenização de Montezemolo, a Nova Somor Srl entra no mundo das corridas, falamos de motocicletas, sem gastar um único euro!

Através da cortesia do sócio cofundador Claudio Giannone, a marca Nova Somor faz uma bela presença com as motos do “Vacca Gare Racing Team”! Com o nosso manifesto e outros documentos exibidos na parede dos boxes. Graças a Claudio, estaremos presente também em Misano, nas corridas de 11 e 12 de outubro.

No dia 10 de outubro será realizada na província de Brescia, no Museu da Indústria e do Trabalho de Rodengo Saiano, uma grande conferência: “História e atualidade da energia solar termodinâmica e a contribuição italiana”.

Roberto Belardinelli e Giordano Mancini participarão como palestrantes com o tema intitulado: “Da SOMOR à Nova Somor Srl: uma história italiana que recomeça seu percurso”. Vão estar presentes e contar suas histórias aos filhos de Grassi e Gasperini, sócios-fundadores da SOMOR em 1949, e o filho de Olmeo, proprietário de uma fazenda na Sardenha, onde foi instalada uma das bombas solares na década de 50. No local da conferência estarão em exposição tanto a bomba solar SOMOR de 1955, quanto a que acaba de ser desenvolvida pela Nova Somor.

O Musil de Brescia é um museu importante onde são preservadas algumas peças únicas que contam a história da energia solar termodinâmica italiana de alta e baixa temperaturas. A ideia é torná-lo um lugar vivo, para trabalhar, fazer pesquisas e se inspirar nas tecnologias do passado.

Hoje não existe nenhum dispositivo, do smartphone ao navegador de automóvel, do teodolito de canteiros de obras ao computador de bordo de qualquer embarcação, que não seja “georeferenciado”! O GPS (Global Position System) está em tudo quanto é tecnologia do dia-a-dia e parece que não se possa prescindir dele. Naturalmente, todo dispositivo de recepção de sinal a partir da constelação de satélites é um dispositivo elétrico com sua boa porção de consumo.

A origem e o uso mais importante do GPS é militar: serve para posicionar as tropas, para mover aeronaves e navios em condições de segurança, e também para bombardear. Há também um kit de muito sucesso para o retrofit de velhas bombas de avião em queda livre, notoriamente imprecisos. O kit é chamado JDAM e permite que você transforme uma bomba antiga em um dispositivo que se dirige com precisão mortal ao “ponto de GPS” que é atribuído.

Tanto o uso da energia eléctrica, quanto a dependência de uma ferramenta militar não poderiam ser aceitáveis para a NOVA SOMOR, no entanto, a bomba solar deve ser orientada na melhor maneira para captar melhor a radiação solar necessária. Por esta razão, as nossas bombas solares estão equipados com um sofisticado instrumento de precisão, insensível a perturbações eletromagnéticas e que não precisa ser alimentado à eletricidade: o colimador solar! Seguindo as instruções fornecidas, basta levar a bomba solar ao poço no horário indicado, ou a outro local onde a bomba solar deva funcionar, e o raio de sol passando através do colimador irá indicar a orientação exata. Outro caso em que uma solução ecológica, econômica e extremamente simples e prática, que se refere ao princípio de funcionamento dos relógios de sol inventado há milhares de anos, mais adequada e importante com relação a tecnologias recentes sofisticadas e caras.